São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Vítima viveu dez anos no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

O comerciante sul-coreano Myong Ho Kang estava no Brasil havia cerca de dez anos.
Segundo a Polícia Federal, sua situação no país era legal, já que ele tinha visto de residência.
Antes de trabalhar como comerciante, Kang teve um emprego em uma confecção em Santos. Após sair da Coréia, ele viveu por cerca de três anos na Argentina, de onde saiu para morar no Brasil.
"Ele era trabalhador, honesto e gostava do Brasil. Quando foi ameaçado, nós falamos para ele sair do país, mas ele não quis", afirmou Maria do Carmo Leão.
Para os brasileiros, Kang afirmava se chamar Romário. "É que o nome dele é muito difícil para os brasileiros", afirmou sua mulher.
Comunidade
A comunidade sul-coreana em São Paulo tem cerca de 40 mil pessoas. De acordo com o Consulado da Coréia do Sul em São Paulo, quase todas as pessoas da comunidade são comerciantes, principalmente do setor de confecção, que emprega 90% das pessoas.
A maioria dos imigrante vive nos bairros do Cambuci, Liberdade e Aclimação (região central). Já o comércio dos coreanos está instalado no Bom Retiro, Brás e Cambuci, também no centro.
Os primeiros imigrantes sul-coreanos chegaram ao Brasil no final de 1960. Além de São Paulo, há cerca de 5.000 sul-coreanos em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.
Há em São Paulo quatro jornais diários editados em coreano, com tiragem de 20 mil exemplares.

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