São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Para PF, pasta é de empresário

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal confirmou ontem que é do empresário Fernando Caldeira de Moura a pasta contendo computador portátil e papéis que foi encontrada a bordo do Fokker-100 da TAM em que houve uma explosão há uma semana.
A pasta está intacta, o que indica que o artefato que explodiu não era transportado nela e permite descartar a hipótese de que a bateria do computador portátil possa ter causado o episódio.
A maleta foi localizada no dia do acidente, no compartimento de bagagens de mão, em área próxima de onde Moura estava sentado.
Encontrada por funcionários da TAM, a pasta foi entregue a policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Militar, e depois passou às mãos da PF.
A família do empresário insiste em reaver a maleta, pois só o telefone celular dele foi devolvido até agora. Ela sustenta que o computador contém informações relevantes para a Amix, empresa de informática de que era sócio.
Uma funcionária da TAM foi ontem à PF oficializar a entrega da pasta, indicando que a empresa não quer ser responsabilizada pela não-devolução desses objetos.
O deputado estadual Paulo Julião (PSDB), primo de Moura que atua como porta-voz da família, deve revelar hoje se a viúva do empresário vai processar a TAM por suposta omissão no caso, que estimularia suspeitas contra ele.
O diretor da PF, Vicente Chelotti, tinha viagem para São Paulo marcada para ontem à noite. Hoje, ele deve se reunir com peritos e delegados para discutir a investigação.

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