São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Empresa que fez ranking tem 2 semanas

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO; LUCIA MARTINS
DE NOVA YORK E DA REPORTAGEM LOCAL

A ATA (Air Travelers Association) está operando legalmente há apenas duas semanas.
Funcionando em uma sala comercial numa área nobre de Washington (EUA), a empresa começou suas atividades com dois funcionários, além de contar com o trabalho do próprio dono, David Stempler.
Advogado e ex-presidente de duas empresas aéreas, Stempler, 49, diz que a ATA tem como objetivo dar um instrumento para que seus clientes potenciais -passageiros, empresas que usam transporte aéreo e agências de turismo- possam conhecer os riscos ao optar por uma determinada companhia aérea.
"Somos uma empresa nova, que começou a ser organizada em janeiro, apesar de só termos começado a funcionar efetivamente em julho, mas um dia você tem de começar, não é?", disse Stempler.
Ele disse que a sua avaliação foi "baseada no histórico das empresas aéreas". "Não disse apenas se uma empresa aérea é segura ou não. Fiz um estudo com base nos fatos", afirmou.
Segundo o advogado, que está sendo ameaçado de ser processado pela TAM, os critérios usados para dar as notas (de A a F) às empresas foram "totalmente objetivos". Segundo o relatório, as empresas que tinham conceitos A e B eram consideradas "seguras e aconselháveis". A partir de C, Stempler desaconselhava o uso da companhia.
"O que calculamos é algo matemático. Pegamos o número de acidentes com mortes de uma empresa qualquer e dividimos pelo número de vôos que esta mesma companhia fez em dez anos."
Segundo ele, "os critérios foram os mesmos para todas as 260 empresas analisadas. Se a TAM quiser contestar o número de mortos ou o número de vôos que fez, até podemos discutir, mas o que apresentamos é um cálculo puramente matemático", afirmou ele.
Stempler declarou ainda que analisou as empresas individualmente. "Não comparei uma empresa com a outra", disse o proprietário da ATA.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO E LUCIA MARTINS)

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