São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 1997
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Mulher denunciou 'sumiço'

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O piloto Célio Rodrigues foi considerado desaparecido pela sua então mulher, Maria Madalena da Silva, em 23 de abril deste ano, conforme registro na Delegacia de Desaparecidos de Belo Horizonte.
Ela procurou a polícia para denunciar que Rodrigues estava desaparecido havia cinco dias. Na ocorrência, a mulher disse que a empresa na qual ele trabalhava, a World Aero Táxi, de Belo Horizonte, informou que ele havia se demitido, mas que ela não acreditava nisso, pois Rodrigues não a comunicou sobre a demissão.
Silva disse que o seu marido trabalhava nos finais de semana e em feriados, mas que sempre retornava para casa, o que não aconteceu após aquele fim-de-semana.
A polícia levantou que Rodrigues havia ido embora para Conselheiro Lafaiete, sem avisar a mulher. A Agência Folha tentou falar com Maria Madalena Silva nos últimos dois dias, mas a ex-mulher se recusou a falar, dizendo que não queria se envolver.
"É a minha vida"
Célio Rodrigues disse há dois anos, em uma entrevista dada ao Canal 25 (TV fechada), de Belo Horizonte, que a aviação era a sua paixão. "Isso aqui que você está vendo (o avião, o mesmo do acidente) é o que eu amo, é a minha vida", disse ele ao repórter.
Na reportagem sobre aeroclubes, levada ao ar em maio de 1995, o piloto diz que gastou US$ 60 mil para recuperar o avião. Ele possuía o aparelho desde 1980.
Na entrevista, ele diz já ter possuído um J-3 e que o seu próximo projeto, em andamento, era comprar e remontar um avião de batalha inglês. Rodrigues disse ter abandonado o curso de engenharia para se dedicar à aviação.
A entrevista termina com Rodrigues fazendo algumas exibições com o seu avião. Antes, o repórter explica que a entrevista foi feita na pista pelo fato de o avião estar com a bateria ruim. Isto é, se desligasse o motor, não conseguiria acioná-lo novamente.

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