São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Agrônomo carrega sacos, pinta cercas e cata pedras o dia todo
LUCIA MARTINS
Ele foi recrutado pela Fellow Ranchers, apesar quase não falar inglês. "A família não conversava comigo ou com a outra estagiária. E nós também não conversávamos porque ela era japonesa e não falava inglês." O agrônomo ficou sabendo do "estágio" por meio de um panfleto colado em um mural na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba, onde cursava o último ano. "Era uma chance de eu aprender inglês e ainda me aperfeiçoar na área." Após pagar US$ 1.500, Borges Júnior foi enviado para São Franciso, onde teve uma palestra. "Era lavagem cerebral. Eles diziam que a gente não poderia reclamar e que homem que era homem mostrava que sabia trabalhar", conta. "Liguei para eles (os representantes da empresa nos EUA) e disseram que era para eu ficar calmo. Então, vi que não tinha jeito." O problema é que Borges Júnior não tinha passagem de volta, e a cópia do seu visto tinha ficado presa. "Pedi para que eles devolvessem o meu visto, mas eles disseram que não podiam. Me sentia preso. Foi quando decidi fugir." Teve a idéia de aproveitar que sairia da fazenda para participar de um seminário fora da fazenda e pegar um avião da cidade. "Comprei a passagem de volta com o cartão de crédito do meu pai", diz. (LM) Texto Anterior: Ministério não está pronto Próximo Texto: Candidata desconfiou e não viajou Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |