São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Adolescente brasileiro não se preocupa com seu futuro
LUCIANA SCHNEIDER
Leonardo Negrão Zanetti, 15, é um exemplo. Sua filosofia de vida é "aproveitar o momento, o presente". "Nunca pensei em ter de reivindicar algo ao governo. Mesmo porque, acho que as iniciativas têm de partir dele. Uma pessoa só (Zanetti) não consegue nada." A baby-boomer Maria Elisa Ferreira Kienst, 15, diz que sua meta, no momento, é terminar o 2º grau e passar no vestibular. "Acho que ainda é muito cedo para pensar se terei problemas no futuro ou não. Tenho ainda de passar pela primeira etapa da minha vida (vestibular), para depois pensar em emprego." Aluna do 1º colegial, Maria Elisa quer prestar vestibular para medicina e afirma que, se não houver trabalho para ela na capital, ela irá para o interior. Quando questionada se iria para as ruas reivindicar alguma coisa ao governo, Maria Elisa diz: "Só se fosse com muita gente junto. Sou muito insegura." Apesar de também não pensar muito no futuro, Mariana Viriato de Carvalho, 15, afirma que se preocupa com a segurança no país. Ela acha que a violência está crescendo cada vez mais. "A minha mãe tem pavor de assaltante. Eu não posso nem sair para me divertir." Segundo Mariana, se não houver emprego na área em que quer atuar -arquitetura- irá fazer cursos profissionalizantes para arranjar algum emprego. Texto Anterior: 'Safra' dos anos 80 é recorde na história Próximo Texto: Fatos do Relatório Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |