São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Não chegam na hora do jantar

DA REPORTAGEM LOCAL

Ter de jantar sozinho quase todos os dias porque a mulher está trabalhando e chega em horários incertos é uma coisa a que alguns homens que cumprem "horário comercial" não se acostumam.
"Quando a gente está com o humor legal, OK, mas quando fica carente, é horrível", diz o gerente de vendas Roberto Addas Jr., 32, casado há oito com uma recepcionista de eventos.
"Às vezes, o dia de trabalho dela começa às 7h e termina à meia-noite", diz.
Addas afirma que nunca pediu que a mulher deixasse a profissão. "Mas ela sabia que eu não gostava quando a chamavam para ser recepcionista do Salão do Automóvel, por exemplo. Eu sou da área, era complicado."
Addas conta que já foi "neurótico" de ciúme. "Chegava a ir aos eventos e ficava observando de longe. Hoje, sou capaz de sair enquanto ela trabalha, numa boa."
O empresário Marcelo Grinman, 26, casado há nove meses com uma contato de publicidade, não sai sem ela. "Espero até ela chegar. Sou do tipo fiel."
No caso de Grinman, que trabalha em casa com comércio, o efeito de ter uma mulher que trabalha até tarde é visível. "Estou mais gordo, de tanto jantar duas vezes: uma sozinho, outra quando ela chega."

Texto Anterior: DEPOIMENTO
Próximo Texto: Imagens de mulher seduzem os estilistas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.