São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
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Ônibus franceses usam "diesel verde"
MARTA AVANCINI
Ele é misturado ao diesel em uma proporção que varia de 5% a 30% em relação ao total. Seu principal benefício é reduzir a emissão de poluentes em até 30%. Isso é possível porque o diester é um éster metílico, substância química que melhora a combustão e reduz a produção de resíduos. A emissão de partículas, por exemplo, cai de 54,9 miligramas por metro cúbico para 44,7, segundo estudos do Instituto Nacional do Petróleo da França. Para o órgão, o uso do diester já ultrapassou a fase de testes e está em nível operacional pois sua eficácia está comprovada. A Semitag, empresa responsável pelo transporte coletivo de Grenoble (sul da França), utiliza o diester desde 92. No início, ele era usado em 18 ônibus, hoje em 45, e, a partir de setembro, em 67 veículos. "Será a primeira experiência em uma linha de grande movimento, mas estamos otimistas", diz Daniel Roger, coordenador-técnico. O otimismo se baseia nos resultados já obtidos. "Não é preciso adaptar os motores, e o custo adicional é mínimo." Segundo ele, o litro de diesel convencional custa 6,23 francos (US$ 1,03) e, com o diester, 6,27 francos (US$ 1,04). Embora produza resultados positivos quando usado como aditivo, o diester apresenta problemas de corrosão de motores se utilizado puro. "Ele corrói as juntas de borracha", explica Christophe Karlin, relações-públicas da Diester. A empresa, no entanto, aposta no crescimento do uso do produto com a regulamentação das leis de combate à poluição aprovadas pela Assembléia Nacional em dezembro passado. Um dos itens obriga as frotas de ônibus superiores a 20 veículos e de cidades com mais de 100 mil habitantes a usarem combustíveis com uma taxa mínima de oxigênio, o que causa a redução da emissão de poluentes. A taxa ainda não foi definida. A regulamentação tem de ocorrer até o final de 98. Texto Anterior: Ônibus testará combustível de soja no PR Índice |
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