São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
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Rentabilidade depende do administrador
VANESSA ADACHI
Eles costumam ser cobrados nessas situações até porque os investidores pagam taxas de administração que variam em torno de 4% ao ano. Na semana passada, enquanto a Bolsa se transformava em uma montanha-russa, não faltaram momentos decisivos para os administradores. Também não foram raros os casos de erros comentados no mercado. "Quem se assustou na terça-feira com a queda da Bolsa e resolveu vender acabou perdendo a alta da quarta-feira", diz Reginaldo Carvalho, do Banco Real. Saber escolher o momento para comprar e vender cada ação pode significar a glória de qualquer administrador de fundo de ações, especialmente no meio da crise. Segundo Carvalho, "é preciso ter na cabeça que a aplicação em Bolsa é de longo prazo. E isso vale tanto para o administrador quanto para o investidor desesperado". Insônia Jorge Simino, diretor do Unibanco, destaca que o desempenho de cada fundo também depende da escolha da composição das carteiras, ou seja, quais as ações que o administrador do fundo resolve comprar. Por isso, não se pode esperar a mesma variação de dois fundos diferentes. Para quem perdeu o sono preocupado com o dinheiro aplicado em fundos de ações, os analistas dão um conselho. "Na hora de escolher um fundo, não adianta perguntar apenas o quanto ele valorizou no último ano, é preciso saber qual a sua oscilação ao longo do tempo", diz Jorge Simino. Segundo ele, alguns fundos mais agressivos tendem a oscilar mais, enquanto outros mais conservadores têm uma trajetória mais uniforme. Dois fundos diferentes podem ter acumulado rentabilidades semelhantes no período, mas isso não significa que eles "percorreram o mesmo caminho". "Se o aplicador é do tipo que fica nervoso ao ver o seu dinheiro subindo e descendo toda hora, é melhor optar pelos fundos que oscilam pouco". (VA) Texto Anterior: Fundo perde na baixa e não ganha na alta Próximo Texto: Mercado prevê nova decepção Índice |
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