São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Teste revela abuso no disque-empregos

DANIEL DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Preencher uma ficha de cadastro em 7 minutos e 18 segundos, por meio de um serviço telefônico que cobra R$ 5,15 por minuto, significa gastar muito dinheiro para quem está em busca de uma vaga.
Esse valor, de cerca de R$ 37,50, gasto pela Folha no teste do serviço de emprego 900-2300, chega a ser superior ao cobrado em uma ligação São Paulo-Nova York (EUA), entre 5h e 20h, com a mesma duração: R$ 36,70.
O serviço 900-2300 possui um método um pouco diferenciado daquele utilizado por outros disque-empregos, como 900-0533, 900-0738 e 900-0848, que cobram até R$ 3,50 por minuto.
Além de mais caro, o 900-2300 mantém o usuário na linha por mais tempo e não dá resposta imediata sobre a existência da vaga.
Os outros serviços pesquisados vão direto à informação das vagas e, depois de encontrá-la, passam para o processo de cadastramento.
A empresa identificada como responsável pelo serviço é a SM1 Consultoria. Procurado pela Folha, Pedro Soares, que se apresentou como gerente, concordou em dar entrevista, desde que pessoalmente, cancelando-a em seguida.
Projeto de lei O deputado estadual Hamilton Pereira (PT-SP), 43, apresentou em março o projeto de lei nº 109, que prevê modificações nos atuais serviços definidos por ele como disque-empregos ou telemprego.
Em seu projeto, o deputado defende "um ressarcimento do custo da ligação ao usuário, por meio da conta telefônica, quando prestada informação incorreta que inviabilize a obtenção da vaga".
Entre outras coisas, o deputado pretende estabelecer que o preço seja cobrado por ligação e não por minuto, como é hoje. Para anúncios classificados, caso a lei seja aprovada, os preços deverão aparecer em destaque.
(DCs)

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