São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Mineirão assiste à 'clássico sem luz'

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Má fase e desfalques marcam o primeiro clássico regional do Campeonato Brasileiro, entre Atlético-MG e Cruzeiro, hoje, às 17h, no Mineirão, em Belo Horizonte.
O jogo, que é marcado por grandes público, tem pouca "luz" para atrair os torcedores.
O Atlético-MG é o último colocado do Brasileiro. Perdeu os três jogos que disputou -para o Palmeiras, em casa, e o Atlético-PR e Botafogo, fora.
Já o Cruzeiro vem de sofrer uma goleada histórica. Perdeu por 5 a 0 para o São Paulo -com todos os gols feitos pelo atacante Dodô, que igualou marca de 1993 do então cruzeirense Ronaldinho.
Para piorar, vários jogadores serão poupados para o jogo de quarta-feira, contra o Coco Colo, do Chile. Essa partida vale pelas semifinais da Taça Libertadores da América.
Por isso, o técnico do Cruzeiro, Paulo Autuori, tem dois trabalhos. Precisa levantar de novo o moral dos jogadores, abalado pela goleada, e armar um time de reservas capaz de vencer o clássico mineiro.
Autuori conversou muito com os jogadores e disse que o momento é de "esfriar a cabeça". Ele definiu a atuação "sem explicação" do Cruzeiro diante do São Paulo como "o momento da falta de equilíbrio e do curto-circuito".
"O importante é que os jogadores dêem uma resposta positiva no dia seguinte e isso nós vamos conseguir. Confio neles", disse.
Autuori só define o time que enfrenta o Atlético hoje. O goleiro Dida deve ser o único titular a jogar o clássico. Palhinha, que não atuou contra o São Paulo, pediu para jogar, mas o treinador não deve concordar.
Reação
Já o Atlético-MG aposta no clima de rivalidade para iniciar uma recuperação.
É unanimidade entre comissão técnica e jogadores que o time vem jogando bem, mas finalizando muito mal. E isso seria a causa das derrotas. Quem mais reclama é treinador Emerson Leão.
"Eles (os jogadores) não têm nem o direito de reclamar. Isso (erros de ataque) vem sendo uma constante. Fazem tudo certo, mas falta categoria para decidir. Tem de ter mais tranquilidade", disse.
Os atacantes da equipe são Valdir e Marques, emprestados pelo São Paulo.
Entre os jogadores, o sentimento é também de reconhecimento pelas falhas de aproveitamento. "Não adianta ficar chorando. Não podemos mais perder", disse Doriva.
Já o reserva Cleiton disse que "o clássico é uma motivação, o momento de dar a virada".

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