São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Contato social pode determinar sucesso

DA REPORTAGEM LOCAL

Um bom relacionamento social pode ser mais importante do que uma técnica de vendas apurada para os corretores "top" de linha.
"As pessoas são muito exigentes, querem atendimento personalizado", diz Marcus Thullius Cavalcanti, 39, dono da Marcus Cavalcanti Imóveis, empresa especializada em alto padrão no Rio de Janeiro (RJ).
"Acabei me tornando amigo de vários clientes, que hoje fazem questão de fazer negócio diretamente comigo", completa José Roberto Dalcon, diretor-superintendente da Fernandez Mera.
Há também uma face menos profissional nesse mercado. Segundo Luiz Maria Piquet, 49, presidente do Sindimóveis-MG (Sindicato dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais), boa parte dos corretores de alto padrão entrou no mercado porque tinham bom trânsito na sociedade.
"Muitos tornaram-se corretores involuntariamente. Fecharam negócios por acaso e acabaram entrando no mercado", diz ele.
Piquet afirma que muitos não vendem regularmente, mas fazem "negócios de ocasião", quando são procurados por alguma pessoa de seu círculo social.
Amigos e negócios
Entre os clientes de Cavalcanti, estão artistas como Simone e Gal Costa, esportistas como Romário, além de banqueiros e grandes industriais.
Esse relacionamento garantiu a Cavalcanti um faturamento de R$ 45 milhões no ano passado, sendo que boa parte desse volume foi originada da venda de imóveis que custavam mais de R$ 1 milhão. Esse ano a cifra deve chegar a R$ 60 milhões, segundo o corretor.
A carteira de imóveis de Cavalcanti inclui aproximadamente 5.500 unidades, das quais 80 custam acima de R$ 1 milhão.

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