São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Soldado é condenado à prisão perpétua

Daqamsa matou 7 israelenses

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma corte militar da Jordânia condenou ontem à prisão perpétua com trabalhos forçados o soldado que, em março, matou sete estudantes de Israel em região fronteiriça entre os dois países.
Os cinco juízes que condenaram o soldado jordaniano Ahmed Daqamsa disseram que ele foi culpado de homicídio, mas o crime não foi premeditado.
"O conselho entende que as circunstâncias de premeditação não existem porque é claro que o acusado sofre de distúrbios pessoais, com um temperamento incontrolável", disse o presidente do tribunal, o brigadeiro Mamoun Khasauneh. O soldado poderia ter sido condenado à morte.
Promotores militares, durante os dois meses de julgamento, haviam sustentado que Daqamsa planejara o assassinato das estudantes por anos e o arquitetara cuidadosamente.
A defesa alegava que o soldado tinha desordens mentais e que havia sido provocado pelas meninas enquanto rezava.
Em 13 de março deste ano, Daqamsa, 26, disparou com sua arma automática contra um ônibus em que estava um grupo de estudantes israelenses. Elas visitavam a região de Bakura, a 70 km ao norte de Amã, a capital da Jordânia.
O ataque ocorreu na chamada ilha da Paz, uma ilha fluvial localizada no rio Jordão. A área, que pertence à Jordânia, é explorada por israelenses.

Texto Anterior: Conheça a história do conflito na região
Próximo Texto: IRA anuncia renovação do cessar-fogo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.