São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
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Apoio; Tarefa urgente; Verdade resgatada; Despreparo; Não dá para concordar; Mau cheiro; Informação incorreta Apoio "A coluna 'Joyce Pascowitch' de 15/7 noticiou fato da maior relevância: hospitais de grande porte estão cancelando o contrato de prestação de serviços com empresas operadoras de planos de saúde. Nos últimos dias o Santa Catarina e o Samaritano romperam com a Amil e temos informações de que, na sequência, medidas semelhantes serão adotadas por outros hospitais. As decisões estão sendo tomadas pelo corpo clínico de cada hospital e têm total apoio da Associação Paulista de Medicina. Não podemos mais admitir a conduta de planos privados de saúde que exploram os médicos e punem os usuários em nome do lucro." Eleuses Vieira de Paiva, presidente da Associação Paulista de Medicina (São Paulo, SP) Tarefa urgente "No equilibrado e oportuno artigo de 16/7 do primeiro coordenador do PNBE, o engenheiro Eduardo Capobianco, faltou dizer que a aplicação da Constituição Federal, tal como está posta, já seria um grande avanço para consolidar conquistas da sociedade. Em vez de reformas, por que não falar na necessidade de regulamentar o texto constitucional? Só aí já estaria posta uma grande tarefa, que às vésperas do décimo aniversário da Carta Magna ainda não foi cumprida." Gisela Gorovitz, da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida (São Paulo, SP) Verdade resgatada "No artigo 'Uma arma de papel' (16/7), Clóvis Rossi, com sua habitual lucidez, resgata a verdade, desnudando a farsa publicada pela revista norte-americana 'Forbes', que numera a 'fortuna' do comandante Fidel Castro. Em verdade, desde 1959, de forma despudorada, não bastando o sórdido bloqueio a Cuba, procuram os dirigentes norte-americanos atingir um homem que dedicou toda sua vida à causa do socialismo, despojando-se de todo e qualquer bem material, vivendo de forma espartana e sendo sua fortuna os milhões de admiradores que possui em todo o mundo." Leopoldo Paulino, Partido Socialista Brasileiro (Ribeirão Preto, SP) Despreparo "Fico aborrecida com o despreparo com que a Folha trata de notícias referentes aos serviços públicos. Talvez a Folha venda mais jornal quando os escândalos acontecem, quando um Quércia-Fleury ou um Maluf-Pitta arrebentam com as contas do Estado e da cidade de São Paulo. Nada disso acontece de repente, e a Folha não dá importância para os fatos que mostram o dinheiro vazando do cofre porque não sabe como identificar e acompanhar esse processo. No caso de Maluf, ainda foi pior porque a Folha estava deslumbrada com a 'reengenharia' do velho político e deu a maior força para o PAS. Não viu quase nada ou fez de conta que não viu." Silvia de Castro Arruda (Estocolmo, Suécia) Não dá para concordar "Não dá para concordar com o sr. Mauro Sergio Lanza França ('Painel do Leitor', 17/7) na alardeada estranheza com o que seria 'ódio' de Janio de Freitas, Clóvis Rossi e Carlos Heitor Cony a Fernando Henrique. Trata-se de jornalistas da maior idoneidade técnica, profissional, intelectual e cultural. Éticos e coerentes. Votei em FHC. Não é possível, porém, concordar com seu desempenho. Os cinco dedos da mão espalmada foram recolhidos e hoje são muito mais a mão fechada com que se agridem as expectativas do povo brasileiro." Carlos Macruz (São Paulo, SP) * "Que leitor desta Folha não cumpre o ritual de ler, logo cedo, o Cony, o Rossi e o Janio? Diferentemente do que afirma o leitor Mauro Sergio Lanza França ('Painel do Leitor', 17/7), não demonstram esses articulistas ódio a nosso presidente mais que amor a nosso povo. São eles gladiadores que jamais se vergam, mesmo que seja à unanimidade de pensamento da nação. Sintomático é o fato de jamais elogiarem uma única ação de FHC. Se o fizessem, quem, afinal, nos defenderia do déspota esclarecido? Ou, ainda, quem prepararia o caminho para o advento de Lula, de Brizola, de João Amazonas?" Lázaro de Melo Vieira (Itapetininga, SP) Mau cheiro "As três últimas administrações (Erundina, Maluf e a atual), transformaram São Paulo no que há de pior em termos de Brasil e de Terceiro Mundo. O trabalho é sempre digno, mas aquele permitido aos marreteiros transformou o maior centro comercial da América Latina num imenso mictório e num sujo mercado. São Paulo cheira mal! Repito que o trabalho enobrece, mas me sinto como brasileira de terceira categoria -aquela que paga impostos- diante da atitude desrespeitosa dos ambulantes." Ana Maria Pereira (São Paulo, SP) Informação incorreta "As reportagens 'Festival tem abertura improvisada' (5/7) e 'Jamil Maluf recebe prêmio em Campos' (8/7) trazem informação incorreta no que diz respeito à fundação do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Os 'Primeiros Concertos de Inverno de Campos do Jordão', de 24 de julho a 1º de agosto de 1970, foram organizados pela sua comissão organizadora, composta pelo maestro e compositor M. Camargo Guarnieri (coordenador-geral), pela pianista Lydia Alimonda e pelo jornalista José Luiz Paes Nunes, com o apoio do então secretário da Fazenda dr. Luís Arrôbas Martins e do governador do Estado de São Paulo Abreu Sodré, no ano de 1970. Em 1975, já com o nome de Festival de Inverno de Campos do Jordão, a comissão organizadora era formada pela pianista Lydia Alimonda, por Waldisa P. Russio e pelo jornalista José Luiz Paes Nunes (coordenador-geral). Sendo assim, o maestro Eleazar de Carvalho não foi o fundador do festival (como consta das duas reportagens), não tomou parte da sua comissão organizadora e, consequentemente, da primeira edição do evento. Como pode ser constatado na resolução de 24/4/70, já fora previsto que os concertos de inverno seriam semelhantes aos que se fazem em centros turísticos análogos, da Europa e dos Estados Unidos." Marcelo Paes Nunes (São Paulo, SP) Resposta do jornalista Irineu Franco Perpetuo - O material de divulgação do 28º Festival de Inverno de Campos do Jordão chama Eleazar de Carvalho de seu fundador. O regente é usualmente designado como um dos criadores do evento por ter imprimido ao festival, a partir de 1973, sua forma e dimensão atuais, baseado no modelo de Tanglewood (EUA). Texto Anterior: Revolução na saúde Próximo Texto: ERRAMOS Índice |
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