São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997
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Negro e saúde

JONI ANDERSON

Conhecer as debilidades e propensões a doenças da sua etnia pode se tornar uma questão de vida ou morte. A diabetes e a anemia falciforme, por exemplo, são bastante comuns e hereditárias na população negra.
Existem outros problemas que aparecem em decorrência de agravantes sociais (miséria, analfabetismo) aos quais a população negra -por viver majoritariamente numa faixa de pobreza- está mais exposta. Aids e uso de drogas se enquadram nesse item. Há ainda os casos híbridos, que misturam genética e ambiente, como a hipertensão.
Para enfocar e esclarecer problemas raciais do ponto de vista da saúde, a psicóloga Edna Roland montou a Fala Preta, Organização de Mulheres Negras.
A entidade organiza grupos de pesquisa e debate sobre problemas sociais e sexualidade e dá assistência psicológica e física para problemas de saúde de negros de qualquer idade. São mais de 60 cadastrados que participam de tratamentos e orientações gratuitas.
"É um trabalho fundamental de prevenção. Educamos as pessoas para que conheçam os fatores que causam as doenças e aprendam a se proteger", afirma Edna Roland.

ONDE ENCONTRAR: Fala Preta: praça Carlos Gomes, 67, 17º andar, conj. M, Liberdade, região central, tel. 606-1499.

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