São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
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Micro e pequenas podem usar recurso
DA REPORTAGEM LOCAL As pequenas e microempresas também ganharam com o novo programa da CEF (Caixa Econômica Federal).A linha de crédito para esses tipos de negócio tem as mais baixas taxas de juros do mercado. Os interessados no financiamento precisam desembolsar entre 4% e 4,5% ao ano mais TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que está em torno de 10% ao ano -valores abaixo dos de mercado. Só para ter idéia, a Poupança de Crédito Imobiliário da CEF impõe 12% de juros ao ano mais TR (Taxa Referencial) -0,6580% ao mês. O segundo financiamento mais vantajoso no ranking dos programas oferecidos pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) é o do Banco Noroeste, que prevê 5% ao ano mais TJLP. "Investimos nas empresas menores porque são elas que criam mais empregos", afirma o secretário estadual do Emprego e das Relações do Trabalho, Walter Barelli. A nova linha de crédito faz parte do Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda), criado pelo governo federal há dois anos. A principal exigência para a aprovação é que o investimento gere novos postos de trabalho. Por isso, os recursos para capital de giro (como estoques) são limitados a somente 30% do total. "O objetivo é atender os que querem criar ou ampliar o negócio com investimentos fixos", afirma Everaldo Coelho da Silva, gerente de mercado da CEF e responsável pelo programa. As microempresas podem financiar até R$ 30 mil, e as pequenas, até R$ 50 mil. As facilidades de pagamento atraíram várias pessoas às agências da CEF, logo na primeira semana do programa. A publicitária Marina Melo Campelo, 31, foi uma delas. "Os juros estão bons. Acho que vai dar para informatizar minha agência." Também disposta a ampliar o negócio, a empresária Jaqueline Guerra Santos, 31, procurou o banco para tentar um empréstimo de R$ 15 mil para modernizar sua gráfica. "Acredito que o meu projeto tem chance de ser aprovado porque, com a verba, eu vou precisar abrir três vagas." Conseguir o financiamento não é tão fácil assim. O interessado precisa apresentar um projeto sobre os investimentos que pretende fazer em sua empresa. O Sebrae e o Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria) vão ajudar os interessados na elaboração das propostas. Texto Anterior: Grife francesa de óculos chega a São Paulo Índice |
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