São Paulo, domingo, 20 de julho de 1997 |
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Confira a avaliação do Jaguar XK8
MARCELO TADEU LIA
A Folha avaliou com exclusividade o Jaguar XK8, na versão conversível, nas ruas de São Paulo -preço de US$ 176,95 mil. Há também um XK8 cupê, vendido no país por US$ 156,95 mil. O XK8, herdeiro dos míticos Jaguar XJ, XJS e da família "Type", é um tradicional "2+2", ou seja: comporta confortavelmente duas pessoas na frente e oferece um espaço exíguo no banco traseiro. A surpresa, justamente por ser um esportivo de estirpe nobre, fica por conta de sua indiferença ao solo dos trópicos. Com boa altura em relação ao piso e enormes rodas, de aro 18 (opcionais), o XK8 passa com fleuma britânica pelos buracos e demais saliências -a suspensão nem precisou ser adaptada. A suspensão ativa -amortecedores têm controle eletrônico de posicionamento- oferece maior controle sobre o conjunto, garantindo maior desempenho e ótima estabilidade em curvas. O câmbio automático, de cinco marchas, contribui para aumentar o conforto: faz trocas suaves, sem solavancos. Mas falta uma versão com engates manuais. A capota, de acionamento elétrico, pode ser recolhida com o carro em movimento (no máximo a 16 km/h), em 20 segundos. Detalhes no design lembram antigos Jaguar, como a entrada de ar delgada e o longo capô. Falta apenas o "leaping cat" (estatueta-símbolo da marca) à frente. No lugar, há um emblema de metal. Motor O novo motor AJ-V8, que equipa o XK8, com oito cilindros em V, garante emoção extra para quem pilota o esportivo. É o primeiro motor V8 da Jaguar, desenvolvido em parceria com a Ford (a fábrica inglesa foi adquirida pelo grupo norte-americano em 1989). Com seus 290 cavalos (cv) de potência máxima e 32 válvulas, o propulsor Jaguar oferece, quando exigido, acelerações rápidas e agressivas. Segundo números da fábrica, o esportivo faz de 0 a 100 km/h em 7 segundos (6,7 segundos, na versão cupê). Para que o motor do XK8 não sofresse perdas significativas de potência e vida útil dos componentes, foi "exportada" para a Inglaterra a gasolina brasileira -com 22% de álcool na mistura. No final dos testes, a Jaguar resolveu substituir os dutos de combustível, para evitar a corrosão. Próximo Texto: Confira avaliação com o Jaguar XK8 Índice |
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