São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Sem-terra retêm 470 cabeças de gado
RUBENS VALENTE
Egídio Brunetto, 40, da direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), disse que a intenção é pressionar o Incra a conseguir alimentação para as 2.163 famílias acampadas na região. Com a invasão, o que era o maior acampamento do Estado, com 2.163 famílias, dividiu-se ao meio. Os sem-terra também exigem rapidez na desapropriação de duas fazendas de Japorã (MS). Ontem, durante reunião com o MST em Campo Grande, o superintendente-adjunto do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no Estado, Paulo Afonso Condé, informou que o proprietário de uma das fazendas recorreu à Justiça, o que deve atrasar o processo. Sobre a alimentação, o secretário de Segurança Pública, Joaquim d'Assunção Filipi de Sousa, informou aos sem-terra que o governo vai estudar alguma forma de auxílio. O governo vem repassando cestas básicas para os acampados, mas o MST considera a ajuda insuficiente. Dez crianças já teriam morrido de desnutrição desde o começo do acampamento, em 8 de março. Reintegração O dono da fazenda Mestiço, de 4.800 hectares, considerada produtiva pelo Incra, Orencir Rodrigues da Silva, obteve mandado favorável de reintegração de posse da área, onde alega estar criando 1.500 cabeças de gado. Ele quer que a Secretaria de Segurança Pública cumpra a ordem judicial expedida pelo juiz Danilo Burin no último dia 18. Ontem à tarde, representantes do MST e do Incra voltaram a se reunir e agendaram nova reunião para segunda-feira, quando o impasse na região sul do Estado voltará a ser discutido. Texto Anterior: Policiais civis vão engrossar protesto Próximo Texto: Oficiais vão à Justiça por aumento Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |