São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Pitta atrasará entrega de 5 corredores

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo vai atrasar a entrega pelo menos cinco corredores de ônibus para pagar o salário dos 580 funcionários demitidos da empresa de ônibus Royal Bus, que alega ter fechado por causa de dívidas com a prefeitura.
Na quarta-feira, a prefeitura se comprometeu a pagar o salário dos funcionários por 60 dias para evitar uma possível greve de toda a categoria.
O cronograma de obras já está atrasado. Após a posse, Celso Pitta anunciou que iniciaria a terceira fase do programa de corredores e terminais de ônibus -iniciado na gestão de Paulo Maluf (1993-96)- no primeiro semestre.
Passados sete meses, Pitta ainda não concluiu um corredor da segunda fase do programa, entre a estrada de Itapecerica e a av. Carlos Caldeira Filho (zona sul), que deveria ter sido terminado por Maluf.
Além do atraso nas obras, também o orçamento da Secretaria dos Transportes está comprometido. Já foram gastos cerca de R$ 82 milhões dos R$ 100 milhões previstos para subsídios, mais R$ 59 milhões de despesas do antecessor.
A prefeitura tenta reforçar o caixa reduzindo o valor do subsídio que dá às empresas de ônibus. Antes do aumento da passagem, a prefeitura dava um subsídio de R$ 0,5 por passageiro. Após o aumento, não dá mais.
É a verba destinada à terceira fase do programa de corredores e terminais de ônibus que será remanejada para saldar os compromissos trabalhistas da empresa Royal Bus com seus 580 funcionários.
São R$ 150 milhões destinados a cinco corredores, seis terminais de ônibus e quatro estações de transferência de passageiros.
Fazem parte desta etapa do programa, na zona sul, os corredores Rio Branco (de 22 km, entre Parelheiros e Santo Amaro); Itapecerica (de 7 km, entre o terminal João Dias e a estrada de Itapecerica) e Guarapiranga (de 9 km, entre a estrada do M'Boi Mirim e o largo do Socorro).
Na zona oeste, estão previstos os corredores Pirituba (de 9 km, entre a av. Marquês de São Vicente e o terminal Pirituba) e o São João (de 9,5 km, entre a rua Guaicurus, na Lapa, e a praça da República).
Ao todo, os novos corredores somariam 58,1 km de vias exclusivas. A SPTrans (gerenciadora do sistema) estima que por eles circulariam mil ônibus, beneficiando diariamente 1,1 milhão de pessoas.

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