São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Entenda a crise dos transportes

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo se dispôs a pagar dois meses de salário, cesta básica e vale-transporte aos funcionários da empresa de ônibus fechada no início da semana.
Os diretores da Royal Bus alegaram como principal motivo do fechamento uma dívida de R$ 4,5 milhões da SPTrans (gerenciadora do transporte público).
A rescisão do contrato da Royal Bus acirrou a crise entre as empresas de ônibus e a prefeitura. Os empresários alegam que o município deve mais de R$ 200 milhões às empresas. A prefeitura nega.
A polêmica toda é que a prefeitura aumentou a tarifa, em junho, de R$ 0,80 para R$ 0,90 e cortou o subsídio de R$ 0,05 por passageiro, que repassava às empresas.
Além disso, justificou o aumento com uma planilha que elevava o custo por passageiro a R$ 0,98, enquanto permanecia repassando às empresas apenas R$ 0,85.
O acirramento da crise uniu patrões e empregados. O Transurb (sindicato patronal) passou a reivindicar o aumento do repasse. O Sindicato dos Condutores exigia a garantia de emprego aos 580 funcionários da Royal Bus.
A prefeitura cedeu à pressão, mas ainda estuda como adaptar o ato de Pitta à lei, já que ele assumiu em nome do município todos os encargos de uma empresa privada.
Com a crise financeira da prefeitura, o secretário dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, afirmou que a despesa com os funcionários será remanejada da verba destinada aos corredores de ônibus.
(MRH)

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