São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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Vale adota o modelo de gerência da CSN

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O modelo adotado para o novo organograma gerencial da Vale é semelhante ao implementado na gestão da CSN após a privatização, com a diferença básica de que na CSN não há o Comitê Executivo.
Benjamin Steinbruch, presidente dos conselhos de administração da Vale e da CSN, disse que a mudança no organograma teve o objetivo de modernizar a gestão da empresa para torná-la mais competitiva no mercado internacional. A partir de agora, cada área de negócios da Vale vai atuar como se fosse uma empresa à parte.
As quatro áreas criadas em substituição à diretoria executiva são: Centro Corporativo; Minério; Alumínio; e Papel e Celulose.
Segundo Steinbruch, o que ocorreu até agora com o modelo de gestão presidencial da Vale foi que a empresa sempre foi dirigida por uma pessoa da área de minério.
Isso, segundo ele, acabava fazendo com que as outras áreas ficassem a reboque daquela que é a principal área de atuação da Vale.
Cautela
Steinbruch afirmou que o modelo adotado foi o mais moderno possível dentro das condições da empresa e do Brasil. Segundo ele, já existem modelos de gestão no mercado internacional mais modernos, mas a adoção de um deles agora poderia ser muito arriscada.
Além do Comitê Executivo e das áreas de atuação, o novo organograma tem um comitê assessor do Conselho de Administração.
O executivo Manoel Horácio Francisco da Silva, recém-contratado e que chegou a ser tido como o mais provável novo homem-forte da Vale, ficará inicialmente nesse comitê assessor. Sua contratação é apontada como um dos pontos de divergência entre Steinbruch e os fundos de pensão.
Steinbruch não quis falar dos nomes que irão ocupar as presidências de áreas da Vale e os cargos de direção. Segundo ele, o processo de escolha só começará agora.
O presidente do Conselho de Administração da ex-estatal disse apenas que os cargos poderão ser ocupados por pessoas de dentro da própria Vale e também por executivos trazidos de fora.
Segundo Steinbruch, para as áreas de alumínio e de papel e celulose, que são os negócios principais da Vale, é provável que seja necessário trazer gente de fora, mais preparada para a acirrada competição internacional a que os dois setores estão submetidos.
Ele afirmou ainda que a divisão da empresa em áreas independentes é sinal de que os controladores pretendem manter todas as suas atuais áreas de negócios.
As associações da Vale em outras empresas, como a CSN, e a Docenave serão geridas por uma área de participações, subordinada ao Centro Corporativo. As ferrovias ficarão na área de minério.
(CS)

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