São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Paulista quer pé-de-meia e diploma na mão

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se depender do paulista, o presidente Fernando Henrique Cardoso pode dormir tranquilo e arquivar as medidas para frear o consumo. Se tivessem o salário dobrado, 70% dos entrevistados pelo Datafolha abririam uma poupança ou investiriam em educação.
Trocar o carro, frequentar mais o supermercado e comprar roupas novas estão no fim da lista de prioridades, recebendo menos de 10% das preferências cada um.
O sonho do paulistano bate de frente com o do americano. Nos EUA, mais dinheiro só elevaria o número de eletrodomésticos e carros per capita, como mostra estudo da Universidade de Chicago.
"É uma revolução silenciosa. As pessoas perceberam que o mercado está mais exigente e estão começando a mudar", diz a diretora de análises socioeconômicas da Fundação Seade, Felícia Madeira. Segundo ela, houve uma mudança nas aspirações do paulista, causada pela estabilização da economia.
Apesar de sonhar com a mudança, o consumo contradiz a pesquisa. A venda de carros e alimentos nos últimos três anos cresceu mais do que o número de alunos em escolas particulares de São Paulo.

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