São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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'Programas têm limites'

ROBERTO COSSO
DA FT

O secretário da Agricultura e Abastecimento, Francisco Graziano, afirma que as crianças recebem leite C porque ele é mais barato do que o B e os programas assistenciais têm limites econômicos.
Graziano admite que esse tipo de leite "é mais fraco", mas sustenta que não tem nenhuma substância que faça mal aos seres humanos ou aos cachorros.
"Quando o cão da PM toma leite C e passa mal, o problema é dele e não do leite", afirma.
Segundo Graziano, todo o leite do Estado, seja C, B ou A, passa por fiscalização e tem boa qualidade. Ele afirma que não há risco para crianças que tomem o leite dado pelo Estado.
A justificativa da PM para dar leite aos cães é técnica. O major Hamilton Izildo de Arruda, relações-públicas do Comando-Geral da PM, diz que "o leite B tem maior quantidade de gordura, que supre as necessidades orgânicas de vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K, que são imprescindíveis para o crescimento do filhotes".
Segundo ele, o leite C faz mal aos cães. Arruda afirma que "o leite tipo C, além de água, contém muitas bactérias, que causam disenteria e desidratação se tomado pelos animais, muitas vezes os levando ao óbito".
Padrão de gordura
Segundo o secretário da Agricultura, as normas do setor exigem que o leite C tenha pelo menos 3% de gordura, no Estado de São Paulo.
Por ter mais gordura, o leite B é mais rico nas vitaminas que são lipossolúveis.
Elas ajudam no crescimento, imunização, visão, incorporação de cálcio e na coagulação do sangue, entre outros benefícios, por isso são importantes para combater a subnutrição.
(RC)

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