São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997 |
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Bozano vai atrás do investidor argentino
FERNANDO GODINHO
O sucesso das operações do Bozano, Simonsen na Argentina vai determinar sua expansão para Venezuela, Chile e Peru. Até agora, o banco não recebeu a autorização definitiva do Banco Central brasileiro para atuar na Argentina, mas isso deve acontecer em setembro. Mas os negócios já estão sendo feitos por meio da Bozano, Simonsen Latin American, uma empresa criada há pouco mais de três meses para permitir o início das atividades do grupo Bozano no Mercosul. "Estamos concluindo dois importantes investimentos de grupos argentinos no Brasil para os setores de alimentação e de siderurgia", disse à Folha o diretor-executivo da nova empresa, Luiz Pretti. No Brasil, é considerado um dos maiores bancos múltiplos do país e administra cerca de US$ 5,4 bilhões em recursos de terceiros. Em julho deste ano, o patrimônio líquido foi atualizado em US$ 610 milhões. No ano passado, o lucro foi de US$ 170 milhões. Estratégia Na Argentina, vai ter o mesmo perfil adotado no Brasil há cerca de três anos, quando a instituição iniciou um amplo programa de enxugamento (de 2.400 funcionários para os atuais 360). O escritório de Buenos Aires tem cerca de 200 metros quadrados, e o banco terá apenas seis funcionários (incluindo o próprio Luiz Pretti e sua secretária). O patrimônio inicial ficará entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões, e os ativos, em US$ 200 milhões. Pretti disse que pretende contratar executivos no próprio país. "Temos que respeitar a cultura local e os contatos que esses profissionais já tenham." Para incrementar o mercado de ações de Buenos Aires, a equipe que será comandada por Pretti irá oferecer uma análise de empresas argentinas para seus clientes. No Brasil, o Bozano, Simonsen já analisa cerca de 180 empresas e produz relatórios que são distribuídos em diversos países. Pretti acredita que a taxa de juros brasileira é o principal atrativo para captar recursos argentinos. "Os juros brasileiros são mais altos que os argentinos, e os investidores do país estão desinformados sobre as opções no Brasil." Texto Anterior: Real dobra operações no Mercosul em 1 ano Próximo Texto: Vizinhos reclamam das leis brasileiras Índice |
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