São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Casa onde morou Levi vira sobrado sem sinal do autor

FREE-LANCE PARA A FOLHA

São Paulo concentra pelo menos sete casas do arquiteto paulistano Rino Levi (1901-65), que ainda são residenciais e apresentam características dos projetos originais.
Talvez a mais histórica, a casa que Levi projetou para viver foi demolida há dois anos.
Ficava na r. Bélgica, 116. Hoje, o terreno exibe um sobrado enorme, sem nenhum vestígio do autor. O jardim, projetado por Burle Max (1909-94), também foi ignorado.
Luiz Roberto Carvalho Franco, 71, sócio do escritório Rino Levi, conta que, pouco depois de comprar a casa, o proprietário foi até o seu escritório, fez algumas perguntas e nunca mais voltou. Mais tarde, soube que da demolição.
O atual proprietário, que se identificou como Ricardo, diz ter comprado "o que sobrou da casa", alegando que já havia sido demolida.
Outro projeto de Rino que só pode ser visto nos livros é o do edifício Columbus, na av. Brig. Luiz Antônio (São Paulo), idealizado em 1936 e demolido pela prefeitura no início dos anos 70 para abrigar um estacionamento.
Quem foi
O paulistano Rino Levi estuda arquitetura na Escola Superior de Arquitetura de Roma (Itália), onde se forma em 1926, quando volta ao Brasil.
Um ano mais tarde, monta seu escritório na av. São João (Centro de São Paulo). Em 1974, o escritório vai para a av. 9 de Julho, onde ainda hoje funciona sob a direção de Luiz Roberto Franco e Antonio Carlos Sant'Anna Junior.
Entre suas obras mais conhecidas estão Cine Ipiranga (1941), o Teatro Cultura Artística (1942), o Hospital do Câncer (1948) e o Hospital Albert Einstein (1954).

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