São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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Rocha assume influências

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O arquiteto Paulo Mendes da Rocha, 68, diz ter sido influenciado por todos os arquitetos modernistas ao mesmo tempo. "Todos contribuíram de forma indispensável para a transformação da arquitetura no país."
No entanto é Vilanova Artigas o grande mestre de Rocha. "Artigas foi o mais forte e o mais consistente dos modernistas." Justifica: "Ele sempre foi professor e isso fez com que seu pensamento frutificasse entre os arquitetos".
Sobre Gregori Warchavchik, Rocha destaca sua contribuição em editar novidades e, principalmente, influir no poder e na opinião pública, chamando a atenção para a necessidade de modernização.
E Flávio de Carvalho? Rocha o define como um arquiteto eminentemente especulativo e criativo, "que trazia novidades".
Oswaldo Bratke, segundo ele, tem uma linha de precisão nítida tanto em resolução de plantas como na pureza da construção.
Rino Levi também não escapa de sua afetuosa avaliação. "O Rino, com sua formação européia, deixou plantas belíssimas."
Sobre a manutenção das obras desses arquitetos, Rocha tem uma visão catastrófica: "O poder público não se preocupa em louvar arquitetos. Nosso futuro fica, assim, condenado ao desastre".
Mais: "O mercado só valoriza os excessos decorativos, a falsa idéia de segurança, como muros e grades. Uma casa do Artigas pode ser comparada a um quadro de Picasso. Com o tempo vai ter seu valor".

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