São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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País vence instabilidade política, mas não a pobreza

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde 1985, a Bolívia vive o período mais estável em sua política, com quatro presidentes se sucedendo democraticamente.
Também acaba de se associar ao Mercosul, bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
E o atual governo, comandado por Gonzalo Sánchez de Lozada, privatizou as telecomunicações (capital italiano), ferrovias (chileno), a petroleira YPFB (norte-americano), água encanada (francês) e seus aviões (brasileiro).
Mas o aumento das tarifas dos serviços e a redução dos empregos foram as consequências das privatizações e levaram o governo à derrota nas urnas. O salário também foi corroído, em 60%. E, hoje, o salário mínimo mensal é US$ 17.
Some a isso 70% da população que vive em estado de pobreza e 50% que ainda está no campo.
Boa parte dessa população vive da coca, apesar da política de cultivos alternativos. Os dividendos dez vezes maiores que qualquer outra plantação fazem com que, nos últimos anos, o número de pés de coca erradicados seja o mesmo de plantado. Ou seja, manteve-se a produção no mesmo nível.
(RB)

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