São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997
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14 anos nas ruas

JONI ANDERSON

O Hip Hop já foi clandestino e marginal. Para comemorar o avanço dessa arte influente da cultura black, Markão 2, do grupo Geledés, idealizou o "Movimento Hip Hop: 14 anos contra a violência".
O Hip Hop engloba música (o rap -Rythm and Poetry- e a discotecagem), dança (break e streetdance) e artes plásticas (o grafite). É a fórmula encontrada pelos negros das metrópoles que registra a opressão, a violência, o preconceito e a miséria em que se vive.
Controvertido, às vezes prega a violência, o machismo, a força. Mas é, em essência, uma diversão que fez sua linguagem própria cair no gosto popular.
Em São Paulo, o Hip Hop fez história no largo São Bento, reunindo gangues de todos os cantos. No sábado, 13, cerca de 10 mil pessoas que passaram pelo centro da cidade assistiram 14 gangues de rappers, uma de grafiteiros, duas de break e DJs se revezando no palco improvisado em cima de um caminhão (foto).
Até o fim do ano estão programadas a "Mostra Nacional de Break e Grafite" e a "Marcha Hip Hop Pela Consciência Negra". "É o movimento mais politizado e pacifista da juventude negra, uma alternativa cultural das comunidades carentes", diz Clodoaldo Arruda, 24, do Geledés.

ONDE ENCONTRAR
Movimento Hip Hop: 14 anos contra a violência - Informações no Geledés, praça Carlos Gomes, 67, 5o. andar, cj. M, Liberdade, região central, tel. (011) 606-1178.

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