São Paulo, domingo, 27 de julho de 1997 |
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Novatos são a favor das mudanças
HENRIQUE SKUJIS
Além da maior dificuldade dos exames teórico e prático, haverá um curso de noções de primeiros socorros, direção defensiva e proteção ao ambiente. Quem já possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também passará por esses cursos no ato da renovação. Os exames psicológico e de aptidão física e mental terão de ser renovados a cada cinco anos. Para quem tem mais de 65 anos, a renovação acontecerá de três em três anos. Além disso, ao ser aprovado, o motorista receberá apenas a "Permissão para Dirigir", válida por um ano. A CNH definitiva, que conterá fotografia e tipo sanguíneo, servirá como documento de identidade e só será concedida se, em um ano, o novato não cometer uma infração grave ou gravíssima, ou duas médias. No prontuário do motorista constarão os nomes da auto-escola, do professor, do avaliador, do médico e do psicólogo que atuaram no processo de habilitação. Pelo novo código, todos serão passíveis de punição em caso de infrações do motorista. A Folha ouviu alguns candidatos que estão passando pelo crivo do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo. A maioria acredita que o processo de habilitação atual não forma um bom motorista para o dia-a-dia das ruas e é favorável a normas mais rigorosas. A estudante Deborah Moreno Miron, 18, mesmo tendo sido reprovada em seu primeiro teste prático, ao fazer a baliza, acha que o método atual "não prepara bem o motorista para enfrentar as ruas e avenidas da cidade". A estudante Roseni da Silva Rocha, 20, na próxima semana irá passar pelo exame prático. "Pelo que o professor falou, o teste não reflete o trânsito paulistano. Com o novo código, parece que a preparação será melhor", diz Roseni, que acredita que só não passará se ficar nervosa. Ronny André Wachtel, 18, acredita que receber a CNH atualmente não quer dizer que o candidato está apto a ser motorista: "a prática ensina mais do que qualquer auto-escola". Para Lucilene Moreira, 32, a rua também é a melhor professora. Ela não acha que os testes precisam ser mais rígidos. Flávia Tuccille Murgi, 20, acredita que os exames médico, teórico e psicotécnico são muito fáceis, mas a prova prática é difícil e avalia bem o aluno. (HS) Texto Anterior: Novo código impõe rigor ao trânsito Índice |
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