São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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A rádio rock está mais pop

SAULO RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando entrou no ar, em 85, a 89 FM assumiu uma postura radical para a época: só tocar rock. Em pouco tempo, ela se tornou a preferida dos jovens.
"Hoje os ouvintes da rádio estão bem mais pop. Aceitam melhor o Skank do que o Slayer", diz a programadora Elaine Della Bella, 25. Para não perder a audiência, a 89 resolveu se adaptar ao gosto musical dos ouvintes e fazer algumas concessões.
"Incluímos nomes como Skank e Cidade Negra na programação", diz ela. Bon Jovi era outro que não entrava na lista de músicas da FM. "O grupo era muito 'mainstream'", diz Ricardo Mendonça, 32, outro programador da rádio.
Assim, não se espante se "Garota Nacional", do Skank, estiver no mesmo bloco de "Smoke on the Water", do Deep Purple. "Grupos como o Skank e Paralamas têm uma identidade com o nosso público, apesar de não tocarem rock", diz Ricardo.
Já Fernanda Abreu, Lulu Santos e Jorge Ben Jor são nomes vetados. "As influências deles são outras, do samba e do funk, não do rock", justifica Ricardo.
Na hora de escolher as faixas e bandas que vão entrar no ar, Ricardo e Elaine se valem dos pedidos dos ouvintes (a rádio recebe de 1.500 telefonemas por dia), de pesquisas de rua, de revistas que trazem as paradas internacionais e, principalmente, de "feeling". "A gente conhece o ouvinte. Quando ouvimos uma música, sabemos se ele vai gostar", garante Elaine.
(SR)

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