São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Policiais encerram paralisação e não devem sofrer punições

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

A greve das polícias Civil e Militar de Alagoas acabou ontem. Iniciada no último dia 11, a paralisação teve como objetivo receber os seis salários atrasados.
A Agência Folha apurou que o comando da PM, exercido pelo coronel do Exército Juaris Weiss Gonçalves, prometeu aos líderes do movimento que não haverá punições por atos passados, por ter sido uma greve gerada pelo desespero e pela fome na corporação.
O coronel, que assumiu em meio à greve, não concede entrevistas. O próprio governo federal, que assumiu a segurança pública no Estado, considera a greve diferente das de outros Estados, onde a reivindicação era por melhores salários.
"O coronel entendeu que em um momento de anormalidade e desespero como o que nós passávamos não havia como se falar em quebra de disciplina hierárquica ou punição", afirmou o presidente da Associação dos Oficiais da PM de Alagoas, major Paulo Nunes.
O coronel Gonçalves e o general do Exército José Siqueira Silva, secretário da Segurança, nunca falaram em punição. Fizeram apelos em nome da normalidade da situação, o que levou a polícia a aceitar a proposta do governo.
O fato de representantes do Exército terem assumido a área de segurança no Estado deu credibilidade à proposta do governo, segundo a qual serão pagas, com recursos federais, até o dia 15 apenas 2,5 folhas salariais em atraso. As demais serão pagas em 16 parcelas.
"O governador de Alagoas hoje é o presidente da República. Temos que dar um voto de confiança a essa nova situação", afirmou o diretor da Associação dos Oficiais da PM, major Aurélio Rozendo.
Ontem, apenas cem policiais participaram da assembléia. O subcomandante da PM, coronel Aílton Pimentel, disse que o policiamento já foi normalizado.

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