São Paulo, sábado, 2 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Caio Pagano já emprestou seu Steinway

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O paulista radicado nos EUA Caio Pagano é um dos fregueses mais habituais do Festival Música Nova. Desta vez, ele dá recital de piano solo dia 5, no Instituto Cultural Itaú, e dia 13, no Teatro Municipal de Santos.
"Participo do festival desde o início", diz. "Toquei todas as obras para piano de Schoenberg -muitas delas, em primeira audição brasileira", lembra.
Pagano também estreou os concertos para piano de Gilberto Mendes e Willy Corrêa de Oliveira, e, em duas edições do evento, chegou a emprestar seu piano para o Música Nova. "Gilberto Mendes me dizia que o festival era pobre, mas eu não me importava com o cachê. Só o que me incomodava era tocar naquele piano ruim que eles tinham em Santos, e eu acabei emprestando o meu Steinway."
O pianista toca um programa bem variado que, surpreendentemente, começa com o prelúdio das "Bachianas Brasileiras nº 4", de Villa-Lobos. "Começo assim para estabelecer o paradigma do instrumento", afirma. "Com Villa-Lobos, estou dizendo: isto é um piano. O passo seguinte é mostrar o que se pode fazer com ele."
O concerto destaca ainda "Wasserklavier", do italiano Luciano Berio, além do terceiro volume das "Cartas Celestes", de Almeida Prado, e "Vento Noroeste", de Gilberto Mendes.
(IFP)

Texto Anterior: Novo Horizonte abre evento hoje à noite
Próximo Texto: Peça revela face desconhecida de Anchieta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.