São Paulo, sábado, 2 de agosto de 1997 |
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Caio Pagano já emprestou seu Steinway
IRINEU FRANCO PERPETUO
"Participo do festival desde o início", diz. "Toquei todas as obras para piano de Schoenberg -muitas delas, em primeira audição brasileira", lembra. Pagano também estreou os concertos para piano de Gilberto Mendes e Willy Corrêa de Oliveira, e, em duas edições do evento, chegou a emprestar seu piano para o Música Nova. "Gilberto Mendes me dizia que o festival era pobre, mas eu não me importava com o cachê. Só o que me incomodava era tocar naquele piano ruim que eles tinham em Santos, e eu acabei emprestando o meu Steinway." O pianista toca um programa bem variado que, surpreendentemente, começa com o prelúdio das "Bachianas Brasileiras nº 4", de Villa-Lobos. "Começo assim para estabelecer o paradigma do instrumento", afirma. "Com Villa-Lobos, estou dizendo: isto é um piano. O passo seguinte é mostrar o que se pode fazer com ele." O concerto destaca ainda "Wasserklavier", do italiano Luciano Berio, além do terceiro volume das "Cartas Celestes", de Almeida Prado, e "Vento Noroeste", de Gilberto Mendes. (IFP) Texto Anterior: Novo Horizonte abre evento hoje à noite Próximo Texto: Peça revela face desconhecida de Anchieta Índice |
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