São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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'Acho que a idade começa a pesar'

DA REPORTAGEM LOCAL

Santina Tartari, 42, deixou uma carreira de 15 anos no banco Econômico, onde embolsava R$ 8.500 como superintendente de câmbio, para abrir um fast food na cidade de São Paulo.
Com R$ 60 mil na mão, que conseguiu aderindo ao plano de demissão voluntária (o Econômico acabava de ser comprado pelo Excel), Santina montou seu negócio.
Em outubro de 96, ela inaugurava o fast food. Mas descobriu que, para dar lucro, era preciso faturar o triplo. "O espaço físico era pequeno, e não era possível aumentar a cozinha e o cardápio."
Oito meses depois, em maio deste ano, ela e a sócia perceberam que era hora de fechar: "Investimos R$ 120 mil, e o fast food não compensava financeiramente. Não quisemos nos endividar".
A partir de então, Santina está em contato permanente com profissionais da área financeira. "Tenho muita experiência, mas acho que a idade começa a pesar."
Além disso, ela prevê que não irá ocupar um cargo da mesma importância do que o anterior. "E, para cargos inferiores, avaliam que não é preciso contratar alguém com tanta experiência."
Se tivesse procurado outro emprego assim que deixou o banco, ela acredita que teria encontrado um com facilidade. "Quando se está no meio, os contatos e a valorização são maiores."
Apesar de tudo, Santina garante que a experiência foi importante. "Aprendi a ter mais responsabilidade e ganhei uma visão global."

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