São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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Brasileira em coma no México terá visto

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O casal de brasileiros Marcelo Eithi Nakasako, 25, e Tiemi Kurita, 23, está há nove dias em um hospital na Cidade do México, depois que Tiemi entrou em coma durante um vôo do Japão para São Paulo.
Após escala em Los Angeles (EUA), o avião em que eles viajavam no último dia 28 -da Korean Airlines- desviou a rota e realizou uma escala de emergência na Cidade do México, onde Tiemi já era aguardada por uma ambulância. Ela está internada na UTI -Unidade de Terapia Intensiva- do hospital ABC.
O casal está clandestino no México. Eles têm dois filhos, um de 10 meses e outro de 2 anos, que vivem com a avó em Santos (SP).
Nakasako vive há seis anos na cidade de Yamagawa, no Japão, onde trabalha em uma fábrica de automóveis. Desde o dia da chegada ao México, dorme na sala de espera do hospital.
Tiemi estava no Japão havia três anos e trabalhava com comida congelada. Ela decidiu retornar definitivamente para o Brasil, a fim de fazer um tratamento médico contra distúrbios circulatórios nas pernas e nos braços.
Segundo a mãe de Marcelo Nakasako, Neusa Coracini, 49, que mora em Santos (SP), Tiemi embarcou em uma cadeira de rodas porque não conseguia andar.
Neusa disse ter recebido ontem do hospital um fax informando que Tiemi respira por meio de aparelhos, tem pneumonia e uma infecção cuja origem ainda não tinha sido identificada.
Neusa remeteu ontem US$ 5.000 para o filho pagar parte da conta do hospital, de US$ 14,7 mil. Ela disse que a previsão dos médicos é que Tiemi permaneça por pelo menos mais dez dias na UTI, cuja diária é de US$ 2.000.
O Itamaraty informou ontem, por meio de sua assessoria de comunicação, que o Ministério das Relações Exteriores do México deverá conceder um visto temporário para a permanência do casal por três meses naquele país.
O Itamaraty informou ainda que ofereceu a Nakasako ajuda de custo e hospedagem em um hotel na Cidade do México, mas ele recusou. A mãe dele, Neusa, disse que desconhecia a oferta.
Segundo a assessoria, a embaixada não pode assumir as despesas hospitalares de Tiemi, mas poderá negociar o parcelamento da dívida com o hospital.

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