São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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Lucro do Itaú cresce 24% no 1º semestre

Instituição lucrou R$ 345 milhões

MAURO ARBEX
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Itaú apresentou no primeiro semestre deste ano um lucro líquido consolidado de R$ 345 milhões, com crescimento de 24,5% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado, R$ 277 milhões.
A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido, de R$ 4,098 bilhões, também melhorou, passando de 16,2%, no balanço do primeiro semestre de 96, para 17,5% agora.
Roberto Setúbal, presidente do Itaú, atribui o bom resultado a dois fatores principais: o crescimento dos ativos e do volume de negócios do banco e a queda da inadimplência.
"A redução do 'spread' e das margens foi compensada amplamente pelo aumento do volume de operações", afirmou Setúbal.
Os ativos consolidados, por exemplo, tiveram evolução de 18,2% em relação da dezembro de 96 e totalizaram R$ 37,8 bilhões.
A carteira de empréstimos, leasing, adiantamentos e garantias cresceu 16,1%. O destaque foram os financiamentos e garantias ligados ao comércio exterior, que atingiram US$ 6,7 bilhões. Os recursos próprios e os captados somaram R$ 46,4 bilhões, 14,9% acima a dezembro último.
Segundo Setúbal, o nível de inadimplência, junto a empresas e pessoas físicas, é o menor no Itaú desde o início de 95. "Os bancos, já prevendo os problemas nessa área, fizeram um grande provisionamento no ano passado", disse.
A despesa com a provisão de devedores duvidosos foi de R$ 638 milhões no primeiro semestre de 96, três vezes superior à deste ano, de R$ 205 milhões. Houve também mais rigor na concessão de empréstimos pelas instituições.
A compra do banco Banerj, no leilão de privatização do dia 9 de julho, só deverá refletir-se nos números do segundo semestre e deverá ter um impacto pequeno nos números do Itaú, conforme Setúbal.
Bradesco
O Itaú foi o segundo grande banco do país a apresentar o balanço dos primeiros seis meses do ano. Os números do Bradesco, divulgados na semana passada, mostraram um lucro líquido de R$ 443,6 milhões no mesmo período, ligeiramente superior aos R$ 431 milhões de janeiro a junho de 96.
No caso do Bradesco, também contribuíram para o resultado o aumento das operações de crédito e a redução das despesas com provisão de operação problemáticas.

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