São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Computador pede função pedagógica
FERNANDO ROSSETTI
A idéia básica hoje é que não faz mais sentido ensinar a programar um computador. Qualquer um que usa a informática sabe que as máquinas estão cada vez mais "espertas" e que é perda de tempo aprender sua linguagem. O importante é, primeiro, saber para que serve um computador e em que situações você pode usá-lo. Segundo, é conseguir com que ele faça o que você quer. É por isso que as escolas dos Estados Unidos põem cada vez mais os computadores -ligados à Internet- na própria sala de aula. Quando surge a oportunidade -seja pelo interesse dos alunos ou pelo conteúdo da aula- eles estão lá para ajudar. É em situações como essa, de necessidade, que se aprende a utilizá-los. O discurso mais frequente entre as escolas paulistanas é que o computador é um instrumento. "Não damos informática, nós usamos a informática. É mais um giz que a gente tem", diz Estela Mercadante, da Escola Experimental Vera Cruz. Nesse campo, a afirmação de que a escola ainda está pesquisando como usar a informática soa melhor do que simplesmente apresentar máquinas modernas. "Até a escola saber qual é seu rumo com a informática leva tempo", reconhece Mariângela Bueno, orientadora do Colégio Santa Maria, que tem dois laboratórios. "O computador não é um instrumento a mais, ele está mudando a forma de a gente pensar. Os alunos já estão crescendo dessa forma e a escola não está acompanhando", diz Sylvia Gouvêa, diretora da Lourenço Castanho. Uma boa saída é ter em casa um computador -ligado à Internet- e deixá-lo nas mãos das crianças. Elas se encarregam de aprender. Como com a televisão, o máximo que se pode fazer é oferecer programas mais saudáveis. No lugar de comprar para o filho o CD-ROM de um jogo violento, descubra com ele outro com várias modalidades de esporte. FR) Texto Anterior: Diretores divergem sobre o que a criança deve aprender hoje Próximo Texto: Ensino de línguas ainda é deficiente Índice |
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