São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Perueiros protestam por quase 16 horas
MAURO TAGLIAFERRI
Eles conseguiram as cinco assinaturas necessárias para aprovar, na Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de lei que torna as peruas de lotação integrantes do sistema de transporte da cidade. Por cinco votos a um, a comissão votou pela legalidade do projeto, que agora precisa passar por mais três comissões, antes de ser votado: a de Administração, de Transporte e Trânsito e a de Finanças. Agora, as lideranças dos perueiros pedirão apoio aos vereadores para que as três comissões apreciem, em conjunto, o projeto. Ainda não há previsão para a votação. As primeiras peruas começaram a se concentrar em frente à Câmara Municipal por volta da 1h de ontem. Às 9h30, cerca de 60 peruas integravam o protesto. Os motoristas queriam ser recebidos pelo presidente da Câmara, Nelo Rodolfo (PPB), a quem pediriam a aceleração do trâmite do projeto -que se encontrava parado na Comissão de Constituição e Justiça desde o dia 8 de maio. Rodolfo não concedeu o encontro. Além disso, cerca de 90 policiais do Comando de Policiamento de Trânsito passaram a multar as peruas. A chegada de guinchos para retirá-las e de homens do Batalhão de Choque da PM provocou confusão e empurra-empurra, mas a situação foi contornada. Após negociar com a PM e com o vereador Carlos Neder (PT), os perueiros colocaram os veículos sobre a calçada perante a Câmara. Decidiram também pressionar os vereadores, assistindo à sessão de ontem no plenário. Lá, o presidente da Associação dos Transportadores em Autolotação da zona sul, Laércio dos Santos, conseguiu marcar uma reunião com Rodolfo para a próxima terça-feira. Logo depois, Santos foi avisado da aprovação do projeto na comissão. Assim, em torno das 16h30, os perueiros deixaram a Câmara, encerrando a manifestação. Sindicato O presidente do Sindicatos dos Proprietários de Peruas de Lotação (perueiros legalizados), José Célio dos Santos, reuniu-se ontem com o secretário dos Transportes, Carlos de Souza Toledo. Segundo o sindicalista, Toledo garantiu que, se as empresas de ônibus da capital fornecerem serviço especial de transporte, só o farão por meio de microônibus. As peruas e vans seriam de uso exclusivo dos lotações. O secretário também aceitou a assistência dos perueiros no processo que o sindicato dos condutores de ônibus move contra a prefeitura, no qual tenta suspender o serviço de lotação na cidade. Texto Anterior: Ginecologista deu 1º socorro Próximo Texto: Líder promete suspender manifestações Índice |
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