São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Dívida aciona sinal amarelo para prefeitura
ROGÉRIO GENTILE
Segundo ele, no mês de maio, a prefeitura descobriu que não teria a receita prevista no Orçamento, estimada em R$ 7,7 bilhões. Freitas diz que a previsão de receitas caiu para cerca de R$ 7 bilhões e, segundo ele, quatro fatores contribuíram para isso: a) o não crescimento esperado do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); b) a fuga de empresas prestadoras de serviços para outros municípios, que afetou a arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviços); c) a suspensão do repasse pelo Estado da verba do SUS (Sistema Único de Saúde), que alegou que o PAS era um sistema privado sem direito de receber os recursos; d) as denúncias sobre emissão supostamente irregular de títulos para pagamento de precatórios, que tornou intranquilo o mercado financeiro e obrigou a prefeitura a adiar a colocação de novos títulos. Com isso, segundo Freitas, a prefeitura foi obrigada a "conter gastos para chegar ao final do ano com as contas equilibradas". Segundo ele, no final, os meses mais duros serão julho e agosto. A contenção de gastos significou a paralisação das obras e o corte de verbas de praticamente todas as secretarias, incluindo as sociais, apesar de Freitas dizer que setores como educação, saúde e bem-estar não foram afetados. O secretário afirma que a dívida herdada do último ano da gestão Paulo Maluf (R$ 917,7 milhões) também contribuiu para a necessidade de cortes nos gastos. Somando a isso juros e obras contratadas em 1996 com vencimentos em 1997, a dívida de curto prazo chegou a R$ 1,22 bilhão. Historicamente, a dívida de um ano para o outro fica em R$ 600 milhões. Freitas afirma que o ritmo das obras no ano passado foi intenso, mas que isso não teve relação com a eleição municipal. "Sabíamos que o crescimento da dívida nos obrigaria a segurar alguma coisa para colocar o caixa em ordem." Segundo ele, essa situação seria resolvida no começo do ano. "Logo iríamos retomar os investimentos, mas houve a redução das receitas." Texto Anterior: ABL vive disputa por cadeira de Darcy Próximo Texto: Caixa só equilibra em outubro Índice |
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