São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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BNDES banca pólo de telecomunicações

FRANCISCO CÂMPERA
ISABEL VERSIANI

FRANCISCO CÂMPERA; ISABEL VERSIANI
DA SUCURSAL DA BRASÍLIA

Banco anuncia que financiará até 100% dos investimentos de empresas nacionais e estrangeiras no setor

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) abriu uma linha de crédito especial para financiar em até 100% os investimentos das empresas de telecomunicações que estiverem se instalando ou ampliando seus negócios no Brasil.
O objetivo, segundo afirmou o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, é fomentar a criação de um verdadeiro parque industrial de telecomunicações no país.
Segundo Motta, 20 múltis já confirmaram o interesse de se instalar no país beneficiando-se dos financiamentos do BNDES.
"Não temos volume de recursos específico nessa linha; vamos financiar conforme a demanda", anunciou o presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros.
O crédito, numa primeira etapa, será destinado à compra, instalação e montagem de equipamentos da banda B (telefonia celular privada) e também aos fabricantes de equipamentos e componentes.
Os prazos vão ser de até dez anos, com carência de três anos. Até então, a média era de cinco anos.
No caso de compra de equipamentos, os produtos financiados precisarão ter um índice mínimo de 60% de nacionalização.
Os critérios para financiamento dos fabricantes serão dois: 100% de financiamento para a compra de equipamentos necessários para a instalação da fábrica e 70% para outros investimentos.
Também foi criada uma linha especial para o financiamento de 100% da comercialização de equipamentos produzidos no país.
Além dos equipamentos, Motta disse que o crédito será destinado também à indústria de software (programas de informática) dirigida à telefonia celular.
Barros afirmou que com esses financiamentos o banco atenderá às empresas internacionais que estão vindo para o país atraídas pela demanda interna e também pelos mercados vizinhos.
O BNDES também está disposto a formar parceria com os consórcios da banda B em até 20% dos empreendimentos ou no máximo R$ 200 milhões com cada um. O banco já é sócio do Americel.

LEIA MAIS sobre telecomunicações na pág. 2-4

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