São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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SP bate Paris até no preço de transporte

MARTA AVANCINI
DE PARIS

O preço do transporte em São Paulo é um dos fatores que faz da cidade uma das mais caras do mundo. Ao compará-lo ao de Paris, por exemplo, o transporte em São Paulo é 48% mais caro.
Esses dados constam do ranking anual elaborado pela consultoria de recursos humanos Corporate Resources Group.
A cidade brasileira também supera a capital da França em dois outros itens: bebidas e cigarros (59%) e cuidados pessoais (24%).
No ranking geral, São Paulo está em 15º lugar e é campeã das Américas, depois de ter subido seis posições em relação ao ano passado.
As outras cidades sul-americanas avaliadas foram Buenos Aires (25ª), na Argentina, e Rio de Janeiro (26ª). De acordo com essa pesquisa, as cidades asiáticas são as mais caras do mundo.
A classificação foi elaborada com base em 11 critérios que incluem 200 itens e que medem o custo de vida. Os critérios incluem gastos com alimentação, cuidados pessoais, transporte entre outros. Foram avaliadas 145 cidades em todo o mundo. O ranking é elaborado desde 1989.
"Usamos como base de comparação produtos e serviços que possam ser encontrados em todos as cidades", disse Rehan Mustafa, analista de custo de vida do Corporate Resources Group, à Folha. A empresa fica em Genebra (Suíça).
Apesar do Rio e São Paulo estarem distantes entre si 11 posições no ranking, as diferenças de preço dos itens analisados é irrelevante, de acordo com Mustafa. "Em uma classificação como essa qualquer variação, mesmo que pequena, pode representar várias posições."
A valorização do dólar é a principal explicação para o aumento ou queda do custo de vida nas cidades avaliadas, o que resulta em mudança de posição em relação as classificações anteriores.
As despesas com habitação são outro critério que pesa bastante na classificação geral. Mas, embora o iene (moeda japonesa) tenha se desvalorizado em relação ao dólar, Tóquio permanece a campeã mundial do custo de vida, posição que já detinha em 96.
Entre as dez mais, as novidades este ano são Guangzhou (China) e São Petesburgo (Rússia).
As cidades européias, em geral, perderam posições em relação ao ano passado. As exceções são Londres e Moscou.

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