São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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Garrafão atemoriza seleção contra Cuba

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Jogo no garrafão.
Essa é a maior preocupação do técnico da seleção brasileira, Antonio Carlos Barbosa, 52, para a partida diante de Cuba, hoje à noite, pela Copa América feminina.
"A seleção cubana tem jogadoras altas e fortes, seis delas com mais de 1,90 m", disse Barbosa. "Por isso, Cuba sempre preocupa no garrafão."
Na verdade, o time cubano conta com apenas duas atletas com mais de 1,90 m: as pivôs Yamilet Calderon (1,96 m) e Lisdeivi Pompa (1,93 m). Outra pivô, Milayda Parrado, tem 1,90 m.
Mesmo sendo informado disso, o treinador brasileiro não diminuiu o receio. "Se quisermos vencer, temos de ter um bom bloqueio no garrafão, para conseguir apanhar os rebotes."
Barbosa lembrou que as cubanas "venceram o Brasil duas vezes este ano jogando dentro do garrafão".
Em maio, houve três amistosos entre as duas seleções, no Brasil, e Cuba levou vantagem nas duas últimas partidas (101 a 89 e 97 a 94). A seleção brasileira ganhou o primeiro (102 a 100).
Na olimpíada de Atlanta, porém, o Brasil venceu (101 a 69).
Massacre
Na estréia na Copa América, na noite de anteontem, a seleção brasileira não encontrou dificuldade para massacrar as colombianas -vitória fácil, por 114 a 55.
A cestinha da partida foi a pivô Marta, com 23 pontos. A armadora Paula, que se despede da seleção neste campeonato, marcou 21.
A Copa América classifica quatro seleções para o Mundial de 98, na Alemanha. No Grupo A, Brasil e Cuba têm amplo favoritismo.
Ontem à noite, o Brasil enfrentaria Porto Rico e, em caso de vitória, passaria à fase final e, automaticamente, estaria no Mundial.
No Grupo B, uma das vagas deve ser da forte seleção dos EUA. O Canadá, outro favorito, foi surpreendido pela Argentina, que deve conseguir a classificação.

NA TV - Globosat/Sportv, ao vivo, às 21h

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