São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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França sonha com o Brasil em 98

ROGÉRIO SIMÕES
ENVIADO ESPECIAL À FRANÇA

A suposta ausência do Brasil na Copa de 98 acabaria, ao mesmo tempo, com a única certeza e com a grande esperança dos organizadores da competição.
A certeza é a de que a abertura será um sucesso simplesmente por contar com a seleção brasileira, campeã mundial, primeira no ranking da Fifa e possível equipe do grande astro da última temporada francesa: Sonny Ânderson.
A esperança é a de que o Brasil chegue à final, de preferência com a França, o que fecharia com chave de ouro um evento que ainda não entusiasma o público francês. Esse sonho já foi estampado na capa da revista "France Football", em 11 de julho, quando a seleção foi apontada como grande favorita à final.
Apesar de haver cinco classificados para a Copa, apenas o Brasil sabe onde jogará seus três jogos da primeira fase -em Saint-Denis, Nantes e Marselha-, o que desperta inveja nas outras cidades.
Saint-Denis vai contratar uma escola de samba, a grande atração de um Carnaval da cidade durante a competição.
Nantes inspirou-se no Rio de Janeiro para construir um centro de atividades recreativas: a "Praia de Copacabana", a ser montada um mês antes da Copa.
Como já foi descrito pelo comitê organizador a patrocinadores estrangeiros, a "praia" será uma reprodução do ambiente carioca, com areia branca para sambar e jogar futebol descalço.
Marselha não definiu sua programação, mas garante que o Brasil será um dos principais temas.
Caso os brasileiros sejam excluídos da Copa, os franceses também terão de abandonar outro sonho: ver um ataque formado por Ronaldinho e Ânderson.
A Fifa pode não concordar, mas, para os franceses, hoje, Copa do Mundo é sinônimo de Brasil.

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