São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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'Gagá'
JUCA KFOURI
Ele é contra o clube-empresa no país, mas aceita no resto do mundo. É contra o fim do passe no Brasil, mas concorda com a medida na Europa. E assim por diante. Na verdade, teme a introdução do Ministério Público como órgão fiscalizador do esporte brasileiro, algo que a nebulosa administração esportiva não conseguiria suportar. Quer que a impunidade continue, que a entrada e saída de divisas permaneça misteriosa com a intermediação, por exemplo, de empresas instaladas em paraísos fiscais como as Bahamas. Açodado, João Havelange não se deu conta da reação imediata que desencadearia na opinião pública brasileira, indignada com a ameaça de tirar a seleção brasileira da Copa do Mundo da França, no ano que vem. Ele se pega em argumentos secundários para esconder o principal, o que é inconfessável. Pode estar cutucando o leão com vara curta. A sociedade brasileira anda a exigir que o futebol se modernize, e se não for por lei, com a aprovação do Congresso Nacional, verdadeiro alvo da bravata havelangiana, como a senha para que o lobby da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) entre em ação, é possível até que as medidas sejam adotadas por pura e simples MP (medida provisória). O poderoso chefão já foi mais habilidoso. Texto Anterior: França sonha com o Brasil em 98 Próximo Texto: Brasileiros fazem final de torneio em BH Índice |
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