São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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U2 pode dividir palco com Oasis e Senna

PEDRO ALEXANDRE SANCHES

da Reportagem Local Se depender do empresário Franco Bruni, 40, que acaba de fechar parceria com a MTV para trazer o U2 ao Brasil, a banda irlandesa pode ter que dividir atenções com nomes tão diferentes quanto Oasis, Ayrton Senna, Prodigy ou Lulu Santos.
Oasis e Prodigy, além de outras bandas, como Rage against the Machine e Fun Loving Criminals, são nomes cotados, segundo ele, para integrar o pacote que traz a turnê "PopMart" ao Brasil.
Tais bandas vêm se alternando em shows de abertura da turnê, e, segundo Bruni, a vinda de uma delas com o U2 ao Brasil é certa, desde que o preço esteja incluído no cachê oficial.
A Folha tentou por dois dias entrar em contato com a promotora européia da "PopMart", sem sucesso.
"Se houver necessidade de pagamento extra por nossa parte, prefiro pagar para ter bandas nacionais", diz Bruni, que já prevê, de qualquer forma, shows de grupos brasileiros na abertura, transformando a apresentação em uma espécie de minifestival.
"Penso no Lulu Santos e em algo em apoio à Sociedade Viva Cazuza, talvez um show do Barão Vermelho com convidados", afirma o empresário Bruni.
Senna e subfaturamento Outra atração que Bruni, ligado a atividades assistencialistas, afirma estar fechada é uma homenagem -em formato ainda indefinido- a Ayrton Senna.
"O U2 avaliza tudo que envolva causas sociais, como é o caso do Instituto Ayrton Senna, que tem programas de apoio à criança. A homenagem está confirmada, só não sabemos como será feita."
O empresário, que nunca atuou antes na promoção de shows internacionais no Brasil, fala sobre as suspeitas de subfaturamento de tais eventos, divulgadas pela Folha nesta semana.
"Já passei muita vergonha no exterior por causa disso. Muitos promotores nem querem falar com você quando sabem que é brasileiro."
Ele continua: "Sou virgem no mercado, mas o que vi lá fora é que os promotores brasileiros vendem uma idéia de que shows aqui só são viáveis se houver esse tipo de fraude. Passam uma impressão pavorosa do Brasil".
Bruni se classifica como não sujeito a tais procedimentos. "Sempre tive tudo, não estou interessado em faturar mais um ou menos um. O sorriso de uma criança ou de um velho ninguém me paga. Durmo tranquilo."

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