São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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Camboja escolhe aliado de golpista como novo premiê

Eleição de Ung Huot no Parlamento causa protesto da oposição

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Parlamento do Camboja confirmou ontem o ministro de Relações Exteriores, Ung Huot, como novo primeiro-ministro.
Em outra votação, foi suspensa a imunidade parlamentar do seu antecessor destituído, o príncipe Norodom Ranariddh, que está no exílio.
Ung Huot, indicado pelo novo homem forte do Camboja, Hun Sen, obteve 86 votos a favor, 4 contra, 6 abstenções e 3 votos nulos. Hun Sen já ocupa o cargo de segundo premiê -o primeiro premiê agora é Ung Huot.
Opositores condenaram a nomeação. Em comunicado oficial, a União de Democratas Cambojanos, formada pelo Funcipec (partido do premiê deposto) e outros três partidos, afirmou que a votação foi ilegal.
Sam Rainsy, líder do Khmer Vermelho (guerrilha comunista), disse que a nomeação havia sido realizada numa "atmosfera de medo e de intimidação".
O rei Norodom Sihanouk -que está na China em tratamento médico- havia declarado que também não reconhecia Huot. Sihanouk, pai de Ranariddh, disse que a posição pertencia a seu filho.
Pela lei do Camboja, o rei indica o nome do primeiro-ministro, que é submetido à aprovação do Parlamento.
Hun Sen afirmou que a nomeação de Ung Huot fomentará "o trabalho e a estabilidade" do governo. Após a votação, ele voltou a acusar Ranariddh de negociar com o Khmer Vermelho, grupo "genocida", segundo Hun Sen. Ranariddh foi deposto em 6 de julho, após batalhas em Phnom Penh, a capital.

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