São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997 |
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Remédio antidroga é possível, diz estudo
DA "REUTER" Pesquisadores franceses dizem ter encontrado o caminho para a elaboração de medicamentos capazes de impedir a ação de drogas entorpecentes no organismo, segundo estudo publicado na edição de hoje da revista "Nature".Os cientistas afirmam terem confirmado a hipótese de que uma determinada célula atua como "porta de entrada" do sistema nervoso para substâncias ativas das drogas conhecidas como opiáceas, como a morfina, heroína e cocaína. A conclusão se baseou em testes com camundongos, segundo Emiliana Borelli, do Instituto Nacional de Saúde e Ciências Médicas, em Estrasbugo (leste da França). Foram usados nas experiências camundongos sem receptores D2. Receptores são células ou grupos delas que detectam estímulos e iniciam a transmissão deles pelo sistema nervoso. A passagem desses estímulos entre as células nervosas se dá através de substâncias chamadas neurotransmissores. O receptor D2 é responsável pela transmissão de estímulos trazidos por diversos neurotransmissores, entre eles a dopamina, associada a sensações de euforia e prazer. As drogas opiáceas estimulam a produção de dopamina no cérebro. Os camundongos sem receptores D2 não apresentaram os efeitos de euforia após receberem doses das drogas. Mas, com a suspensão delas, tiveram os efeitos típicos de abstinência, diz Borelli. Os pesquisadores afirmam que devem ser feitos estudos adicionais para obter medicamentos bloqueadores da ação dos receptores D2. Texto Anterior: Equipe mapeia DNA da bactéria da úlcera Próximo Texto: Coração de russo dispara em espaçonave Índice |
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