São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997 |
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O que diz o relatório final da CPI dos Precatórios Quem emitiu os títulos e as irregularidades cometidas - São Paulo (SP) . Paulo Maluf (PPB) Emitiu títulos acima do valor dos precatórios que tinha a pagar e gastou a maior parte do dinheiro em outras finalidades. O relatório responsabiliza o ex-prefeito Paulo Maluf por irregularidades praticadas a partir da Secretaria das Finanças R$ 3,2 bilhões foram emitidos pela prefeitura de 93 a 95 R$ 1,3 milhão é o valor recebido por Wagner Ramos no exterior por serviços prestados ao Vetor e à corretora Perfil . Celso Pitta Era secretário das Finanças quando sua equipe da Coordenação da Dívida Pública fez a emissão de títulos para a prefeitura e passou a vender a "tecnologia" de inchar dívidas que permitissem a emissão de papéis para seu pagamento. Manteve contato com o governador de PE, Miguel Arraes (PSB), propondo-se a colaborar no cálculo dos precatórios do Estado. Em sua gestão, o tesouro municipal teve prejuízo de R$ 11,6 mi em negociações que deram lucro a corretoras da "cadeia da felicidade". O Banco Vetor pagou o aluguel de um carro para sua mulher, Nicéa. Diz que não sabia das ações de seus subordinados . Wagner Baptista Ramos Trabalhou com o Banco Vetor e a corretora Perfil no lançamento de títulos de Santa Catarina e Pernambuco. É apontado como o mentor do esquema de emissão fraudulenta de títulos públicos, utilizando cálculos que aumentavam o valor dos precatórios a pagar. Reconhece ter recebido R$ 1,3 milhão, em conta bancária no exterior, por serviços prestados à Perfil . Pedro Neiva Filho Apontado como a "vertente política" do grupo que exportava "tecnologia" para a emissão de precatórios de outros Estados e municípios. Fazia os contatos com autoridades e intermediários para vender "know-how". A CPI descobriu uma conta nos EUA, com um depósito de R$ 460 mil, que assegura ser de Neiva . Nivaldo Furtado de Almeida Técnico da Secretaria das Finanças encarregado de visitar Estados e municípios para fazer os cálculos dos precatórios, inflando os valores devidos para justificar emissões maiores. Viajava por conta do Banco Vetor . Maria Helena Cella Contadora, fazia o mesmo trabalho de Nivaldo. Esteve em Alagoas e Pernambuco para ajudar a fazer as contas dos precatórios devidos, de acordo com os critérios de Ramos. Em depoimento à PF, disse não saber que suas passagens e diárias eram pagas pelo Banco Vetor - Pernambuco . Miguel Arraes (PSB) O valor da emissão (R$ 480 milhões) de títulos foi muito superior ao dos precatórios a pagar. Pagou comissão ao Vetor para lançamento dos papéis. O relatório aponta o Estado como exemplo de irregularidades e da ação da "cadeia da felicidade" - Alagoas . Divaldo Suruagy (PMDB) Todo o dinheiro arrecadado foi usado com outros fins, como pagar empreiteiras e dívidas bancárias. O relatório diz que o governador Divaldo Suruagy (PMDB) alega que precisava gastar o dinheiro dos precatórios porque Alagoas é um estado falido - Santa Catarina . Paulo Afonso (PMDB) Pagou R$ 33 milhões ao Banco Vetor pelo lançamento dos títulos. Também vendeu os papéis com deságio exagerado, proporcionando lucros a bancos e corretoras da "cadeia da felicidade", que negociaram os títulos catarinenses no mercado Texto Anterior: CCJ mantém relatório final de Requião Próximo Texto: Pitta não comenta decisão Índice |
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