São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997
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Professores decidem retomar aulas no Rio

SILVIA NORONHA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os professores da rede pública do Estado do Rio decidiram ontem, em assembléia, voltar ao trabalho a partir de hoje e parar novamente as atividades no próximo dia 21. Nesse dia, os servidores deverão parar por 24 horas.
Os professores fizeram greve durante 48 horas. Segundo o sindicato da categoria, a adesão ficou entre 75% e 80%.
A Secretaria da Educação não fez balanço do movimento. Informou apenas que a paralisação foi maior no município do Rio e residual no interior do Estado.
Eles reivindicam piso de cinco salários mínimos (R$ 600). Atualmente, o governo do Estado paga à categoria piso de R$ 100, mais R$ 115 a título de horas extras.
Os funcionários administrativos e de apoio da Secretaria da Educação reivindicam piso de três salários mínimos (R$ 360). Recebem hoje de piso R$ 120.
Ato público
Ontem, os professores fizeram uma ato público em frente ao prédio da Secretaria de Administração do Estado, no centro do Rio. Uma comissão do sindicato que entrou no prédio encontrou o secretário de Administração, Augusto Werneck, no hall de entrada.
Werneck disse que iria atender a comissão, mas 20 minutos depois uma funcionária avisou que ele havia decidido adiar a reunião e que estaria "magoado". A reunião foi então marcada para o dia 19, às 17h.
Falta de recursos
O governo do Estado alega não ter recursos em caixa para efetuar reajuste salarial. O governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), informou que pretende antecipar a primeira parcela do décimo-terceiro salário da categoria.
O Estado prometeu também efetuar o pagamento dos triênios em atraso e um terço das férias de 1996.
A rede estadual de ensino possui 2.095 escolas, sendo 400 na capital. No total, são 11 mil professores e 20 mil funcionários. Há cerca de 1,3 milhão de crianças matriculadas.
Os servidores públicos estaduais farão paralisação e passeata pelo centro da cidade no dia 21 para reivindicar reposição salarial de 68,9%.

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