São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997
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Ações da Petrobrás não serão vendidas já

Ministro diz que governo vai esperar valorização

ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ

O ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito, disse ontem que o governo vai esperar a valorização das ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobrás antes de vender os cerca de 31,5% que a União possui acima de 50% mais uma ação da estatal.
A venda dessas ações já estava autorizada pela lei que criou o Plano Real, mas o governo havia anunciado que só colocaria os papéis à venda após a regulamentação da lei que quebrou o monopólio do petróleo. A lei foi sancionada na semana passada.
Antes do Plano Real, o governo era obrigado a manter sob seu controle 51% do capital total da Petrobrás. A União controla hoje cerca de 81,5% das ações ordinárias e 9% das preferenciais (sem direito a voto) da estatal, o que soma 51% do capital total.
O governo esperou a regulamentação da quebra do monopólio antes de vender as ações porque somente na nova lei foi definido que as ações poderiam ser vendidas para estrangeiros, o que valorizou os papéis.
Ontem, Brito disse que vários acontecimentos que se seguirão à regulamentação da quebra do monopólio irão valorizar ainda mais as ações, e justificam que o governo não venda "grandes blocos" agora. Segundo Joel Rennó, presidente da Petrobrás, não deverá haver venda neste ano.
Entre os acontecimentos que devem valorizar as ações, Brito citou as parcerias que a Petrobrás deverá assinar com empresas nacionais e estrangeiras; e o acerto entre a empresa e o governo das contas álcool e petróleo.
Recorde
A Petrobrás anunciou ontem que colocou em produção na Bacia de Campos (RJ) um poço de petróleo sob lâmina d'água (distância entre a superfície e o fundo do mar) de 1.709 metros, recorde mundial. A Shell produz gás natural no Golfo do México (EUA) em profundidade de aproximadamente 1.600 metros.
Ontem a Petrobrás comemorou 20 anos de produção na Bacia de Campos. A área produz hoje 635 mil barris de petróleo por dia, cerca de 70% da produção nacional.
O jornalista Chico Santos viajou a Macaé a convite da Petrobrás.

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