São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997
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PSDB municipal quer CPI

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FT

A Executiva Municipal do PSDB de São Paulo decidiu ontem solicitar aos oito vereadores do partido na Câmara que apóiem o requerimento de instalação de uma CPI do Frango.
Se for aprovada, a CPI investigará supostas irregularidades na compra de carne de frango pela prefeitura paulistana.
Os vereadores tucanos vêm se recusando a assinar a convocação de CPI proposta pelo PT. Eles divulgaram documento na semana passada em que afirmam que só apóiam o pedido se a oposição conseguir os votos de governistas para a proposta. O que é muito difícil.
Ontem, a líder do PSDB na Câmara, Ana Maria Quadros, afirmou que sua bancada poderá mudar de posição.
Já apóiam a CPI 10 vereadores do PT, 1 do PC do B e 1 do PDT.
Se os vereadores tucanos seguirem a orientação do partido, a oposição somará 20 assinaturas. Esse número é suficiente para levar a decisão sobre a CPI para o plenário.
No plenário, serão necessários 28 votos para que a CPI do Frango seja instalada.
Os oito votos que faltam para a aprovação da CPI teriam que vir de vereadores de partidos que costumam votar com o governo, como o PMDB (que tem quatro vereadores) e o PL (outros quatro).
A oposição tentará convencer preferencialmente os dois vereadores do PTB, Natalício Bezerra, ligado ao sindicato dos taxistas, e José Amorim, ligado à Força Sindical. "Eles são sindicalistas, devem ser sensíveis às aspirações populares", disse João Câmara, presidente municipal do PSDB.
As chances de aprovação da CPI são pequenas hoje. A bancada governista tem maioria folgada. A oposição espera que, se a proposta for ao plenário, haverá mobilização popular para pressionar os vereadores.
Bloqueio
O promotor Saad Mazloum, do Ministério Público Estadual, deverá apresentar recurso na próxima semana em que pedirá ao Tribunal de Justiça do Estado o bloqueio dos bens do prefeito Celso Pitta, de seu antecessor, Paulo Maluf, e do ex-coordenador da dívida municipal Wagner Ramos.
Mazloum é um dos autores de uma ação de improbidade administrativa contra os acusados por suposto desvio de recursos provenientes da venda de títulos públicos. A Justiça, em primeira instância, negou o pedido de bloqueio dos bens.

Colaborou a FT

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